MC d AA p CI Nº 8 - O Pobrema II - O dos otro
Já estudamos na lição número dois deste manual a melhor maneira de prosear sobre os problemas próprios. Depois, na lição número seis, estudamos sobre como falar mal dos outros, ou seja, como falar dos problemas dos outros pelas costas. Agora, não com menos saliência, veremos a delicada maneira de versar sobre os problemas dos outros com os próprios donos da lamúria.
Como sabemos, quem sabe faz e quem não sabe, ensina (e é justamente daí que vem minha autoridade para escrever este manual, mas isso não vem ao caso agora). Pessoas em geral, na CNTP, costumam ter soluções práticas e fáceis para todos os problemas do mundo. Na hora de oferecer alguns conselhos, cada um traz em si o dom de ser um expert em auto-ajuda, capaz de resumir em uma única frase a solução do problema alheio.
Parece fácil. Mas, como sempre, é preciso muito cuidado. Se diante da dificuldade vizinha, a principal coisa que tiver a dizer for “pense positivo”, guarde a pérola pra você. Uma pessoa envolta por problemas pode ter pequenos lapsos em sua boa educação e acabar mandando você pensar positivo em lugares bem distantes.
Mas a intenção de ajudar, ainda que com palavras ralas, não é de todo ruim. Pior mesmo é a aproximação dos problemas alheios por simples curiosidade. Pessoas que carregam este modo de sarcasmo costumam dizer coisas do tipo: “fica triste não, tem muita gente no mundo muito pior do que você”. Se você quiser mesmo parecer uma pessoa simpática, nunca diga nada semelhante a isso.
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