sexta-feira, 27 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 3 - O Futebol

O terceiro assunto ameno para nossos colóquios cotidianos é o que traz mais desavenças quando mal conversado. Talvez um dos temas mais tratados em nosso país, o futebol tem a peculiaridade de ser uma conversa onde ninguém muda a opinião de ninguém. Porque existe argumento pra tudo nesse mundo, mas não existe argumento que faça um torcedor mudar de time. A não ser que seja um torcedor muito fajuto. E torcedor fajuto não conta.

O primeiro ponto que você precisa saber sobre conversas sobre futebol é o seguinte: seu time é o melhor do mundo. Sempre. Se perder jogando bem, perdeu com estilo e ganhar todas é meio chato. Se ganhar jogando mal, valem os três pontos, bola na rede e ponto final. Se ganhar com roubo do juiz, você não tem culpa, pode comemorar e, se perder roubado, mande o desgraçado do juiz para o quinto dos infernos ou qualquer lugar daquela redondeza.

Mas não se esqueça que tudo isso também vale pro torcedor do time adversário, o que dificulta, e muito, o andamento de qualquer conversa. Portanto, os diálogos sobre futebol devem versar em outros pontos, menos perigosos à saúde pública. Por exemplo, a importância tática do volante de contenção, assunto que rende pelo menos até o tira-gosto chegar na mesa.

Outra peculiaridade sobre o futebol é que sua prática pode ser tão boa e divertida quanto a conversa sobre o assunto, o que invariavelmente não acontece com outros assuntos, ora cá, ora lá. E uma das melhores coisas que pode existir nesse mundo é conversar sobre futebol depois de jogar futebol, de preferência contando sobre os gols e maravilhas que fez com a bola. Coisa que ninguém mais no jogo viu, mas que você lembra com riqueza de detalhes.

Mas isso não é pra todos, a gente bem sabe. É nessa que entra o mais importante sobre o futebol: a memória. Quem não ganha um campeonato brasileiro há 15 anos sabe bem do que eu estou falando. Memória é fundamental. Não precisa ser graduado em escalações de todos os times e todas as copas. Basta uma boa história pra lembrar. Um título, um gol. Isso contagia e faz com seus interlocutores lembrem também de outras histórias e, a partir daí, a conversa não tem mais hora pra acabar.

Para a hora de assistir o fubebol não é necessária a leitura deste manual para desenvolver uma boa conversa. Simplesmente acompanhe os lances e teça comentários relevantes. Na falta deles, limite-se ao “ulha”. Mas nunca diga um “ulha” sem a devida convicção.

Para os que não gostam de futebol, recomendo o crochê.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 2- Os pobrema

O número dois dos assuntos amenos não é tão ameno assim. No mais das vezes, bem poderia ser evitado em situações corriqueiras e informais. Final de contas, ouvidos alheios carregam já seus próprios problemas. Mas, diante de sua inevitabilidade cotidiana e cultural, pelo menos aprendamos alguns desconfiômetros básicos.

Como vimos na lição anterior, nossa privacidade não deve invadir o constrangimento de ninguém. Este é um ponto que vamos martelar durante todo o aprendizado. E pobremas de qualquer natureza são muito privatizados e nada, nada públicos.

Para simplificar, vamos dividir os problemas em três grupos:

  1. os pobrema de dinhero;
  2. os pobrema de saúde e
  3. os pobrema de família.

(Qualquer outro que não se enquadre nestes três deve ser mesmo grave e recomendo que procure outro manual. )

Os problemas de ordem financeira, antes de mais nada, devem ser conversados de maneira formal com o gerente do seu banco. Informalmente, não deve ser conversado em filas de banco, supermercado ou esquinas. É preciso momentos propícios. Em bares, só é liberado após a sétima cerveja. E não vale chorar.

Os problemas de saúde são assuntos informais liberados só para salas de espera de médicos, postos de saúde e afins, desde que não haja uma televisão ou revista com assunto mais interessante num raio de dois metros. Em bares, costumam virar assunto logo antes da primeira cerveja, ao precisar dizer “não posso”. Limite-se a isso.

Quanto aos problemas familiares, não devem sair da cozinha, na hora do almoço. No caso de uma visita, só deve ser tratado no dia seguinte. Desde que a visita não volte, claro. Casos mais graves devem procurar um terapeuta de família e os gravíssimos, um advogado de família. Como você deve ter percebido, sua utilização informal é praticamente impossível. Em bares, está liberado após a décima primeira cerveja, se por acaso, alguém agüentar um papo brabo desse após a décima primeira cerveja. Sozinho e bêbado é altamente desaconselhável falar sobre problemas de família. Mas num caso desse, que se dane este manual.

Há ainda a possibilidade destes três tipos de problemas se unirem em combinações das mais variadas. Nesta hipótese, você terá coisas muito mais sérias pra resolver do que ler este manual ou participar de colóquios amenos e informais.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Leis & Pizzas

Um monte de gente vai registrar a "coincidência". Eu ia passar batido não fosse minha agendinha: hoje é o Dia Mundial da Lei. Por uma infeliz coincidência, hoje também é o Dia da Pizza! Ah Brasil, como seríamos diferentes se LEI, para o alta escalão da sociedade, não fosse sinônimo de pizza.
sexta-feira, 6 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 1- O tempo

A situação é típica, quase banal, mas não menos carregada de complexidades. Você está ali com o fulano. Não é bem um amigo, talvez nem se lembre do nome dele ou dela. No máximo, é um conhecido seu, ou pior, conhecido de um amigo seu. Mas você tem que parecer educado. Não! Você é muito bem educado, mas tem medo de parecer que não é e então precisa puxar o assunto. Mas o quê? Claro. O tempo. Sempre ele. O ‘número um’ das conversas impessoais.

Mas o fato de ser o mais conversado não o torna simples. É preciso algum conhecimento prévio. Aliás, carrego minhas desconfianças de ser exatamente este o motivo de todo telejornal ter uma previsão do tempo: qualificar os nossos colóquios informais. Afinal, hoje em dia não basta apenas ficar no – perdoem o trocadilho – ‘chove não molha’ de dizer “está frio hoje”. A vida moderna pede mais.

Em um primeiro momento você pode levar a conversa para um lado mais técnico. Alguma previsão pro final de semana trará a atenção do seu interlocutor. Evite clichês como “faz calor dia de semana e chega sábado e chove”. Prefira algo mais decidido. Para isso é preciso um conhecimento básico de estações do ano e suas variações. Coisa que o pessoal mais novo vem perdendo a intimidade. É preciso estudar.

Coerência também é fundamental. Não dá pra ensaiar em casa um “acho que vai chover”, sem ao menos dar uma olhadinha na janela pra ver se coincide. Mas se você quiser realmente parecer simpático vai precisar de bem mais do que isso. Citar algo sobre a umidade relativa do ar seria tiro certo. Nem precisa de nada muito sofisticado. Basta um “esse ar seco é péssimo pra minha rinite” e a pessoa já vai saber que você leva a conversa a sério. Usar o pronome possessivo antes de uma doença traz ao diálogo um ar de proximidade quase inigualável. Mas este é um tema que abordaremos mais adiante em nosso manual.

Aliás, em colóquios sobre o tempo, falar da intimidade só é recomendado após sete ou oito frases. Antes disso pode parecer que sua privacidade está invadindo a pessoa. E não se invade qualquer pessoa em encontros informais por aí. Que isso fique claro.

Em suma, atentos ao céu e aos telejornais estaremos aptos para conversar sobre o tempo. Na dúvida, contenha-se em um “bom dia” e mantenha a boca fechada. Antes a pessoa pensar que você não é muito simpático do que ter certeza.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Coitadinha da Valentina

Ninguém por aqui joga impressos em via pública. A papelada que a gente compra vem de madeira de reflorestamento. Venho trabalhar a pé e o Gustavo vem de bicicleta só pra não emitir gás carbônico no mundo. Se procurar em casa deve achar o uniforme de escoteiro guardado lá. Digo isso pra deixar claro que não tenho nada contra meio ambiente e natureza e, inclusive, nunca gostei de passarinho em gaiola.

Mas essa mania de ecologia que tomou conta da televisão este ano vem desvirtuar isso tudo. O Pedantismo e chatice que tratam esses assuntos sérios, no máximo, vão fazer com que a Valentina cresça com uma vontade danada de jogar papel de bala na rua, pisar nas margaridas do jardim e dar uma descarga bem demorada na privada.

Busca

Ranking do Bolão

Fabrício José Francisco 576
Fernando Luiz de Souza 576
Rodolfo Ramos 573
Lucas Resende de Melo 561
Fábio Eduardo Dalia Barros 557
Gustavo & Nando 555
Leonardo Tomaz Cândido 554
Fernando de Oliveira Rodrigues 551
Fernanda Mendes Junqueira II 549
Roberval Vitor Junqueira I 549
Nando Vasconcellos I 542
Aloisio Tadeu Pereira 534
Fabrício José Francisco II 532
Ronan Costa Pereira (Poços) 528
Daniel Fonseca de Mello 527
Edmundo A. Coutinho (Poços) 526
Thiago Lamego Cardoso (Poços) 521
Luiz Antonio Nogueira 519
Milton Augusto Rosot (Poços) 517
Fábio Henrique Reis 516
Cipó Valter da Cruz 514
José Crippa II 512
Ademir Rodrigues Fonseca (Poços) 510
Edson Jacinto Junior 507
Marcos Alexandre P. Barbonaglia (Poços) 507
Rodrigo Finati Reis 504
Jurandir M. Oliveira 503
Maristela Miranda Mesquita 503
Pedro Nogueira de Resende 502
Elisangela Maimoni (Poços) 501
Gabriel Braz V. Nogueira 501
Rodrigo A. Ferreira Pinto (Locadora) 501
Rodrigo Finati Reis II 501
Luiz Antonio Marquini 498
Geraldo Celio Menezes Cabral 494
João Bosco Cintra 492
Adelino Marques de Oliveira 491
Gabriel Resende 489
Eduardo G. Brito 486
Rafael Pires Nogueira 486
Renan H. Daré (Poços) 486
Ana Paula (Líder Ferramentas) 485
Cacá (Gráfica Opção) 485
Fábio Freitas da Costa (Poços) 485
Roberval Vitor Junqueira III 485
Luiz Trombine & Agenor 482
Mariano G. Nogueira 480
Grenio Raimundo Geovanini Carvalho 477
Marcilio Garcia Brito 477
Onofre de Oliveira Cunha 477
José Maria Marcacini (Poços) 475
Manon Judith Vasconcellos 474
Onofre de Oliveira Cunha II 473
Gifix Parafusos 471
Roberval Vitor Junqueira IV 470
Pedro Vasconcelos Mendes 468
Reginaldo Mengali (Poços) 468
Douglas Robson de Miranda III 467
Albert (Líder Ferramentas) 465
Klinger Sebastião Geovanini Carvalho 465
Fernando Júnior de Oliveira 462
Mateus V. Nogueira Carvalho 462
Chacon & Cacá 456
Mirela Galvão (Locadora) 456
Celso Luiz Gaspar 455
Geraldo Magela Dias Teixeira 450
Helcio Marcos Lau Vasconcelos 450
Larinha Vasconcellos 450
Marcela Reis Miranda Nogueira 450
Roberval Vitor Junqueira II 450
Tipo & Nando 450
Eduardo Antonio Costa (Poços) 449
Roberta Lins Fávaro 447
Bruno Vasconcellos 446
Daniel do Valle (Poços) 446
Mateus S. Alegro 446
Alan Vieira Molina 444
Felipe Pires Nogueira 444
Rubão Ladeira 444
Varlei Claudiano 443
José Borges da Silva 441
Neuzo V. de Jesus 441
Selma Dias L. da Silva (Poços) 441
Alexandre Azevedo Rodrigues 440
Rogéria Chagas Sério Viana 440
Giovanni Marinho Moterani 438
Caquinho Carlos Henrique de S. Vasconcelos 437
Thiago Canhoella (Poços) 435
Marcos Barbonaglia da Silva (Poços) 433
Luana M. Antunes 431
Marcos Francisco de Carvalho Junior 431
Julio Cesar (amigo do Cipó) 428
Douglas Robson de Miranda 427
Luiz Chacon 426
Sebastião Vazi Palmuti 426
Marilisa de Sordi Vigorito 423
Nando Vasconcellos II 423
Rafael Braga da Fonseca (Poços) 423
Sininho Rossini da Cruz dos Santos 423
Diego de Oliveira Hipólito 420
Roberto Luiz Neri (Poços) 420
Rafael Pereira da Silva 417
TiCaco Carlos Henrique 417
Sebastião Ribeiro Molina 416
Ana Lúcia Lourenço Baroni 414
José Crippa 414
Pérsio Romel M. Ferreira (Poços) 414
Rejane Pimentel Venga 413
Sandro T. da Silva 413
Suellen e Diego 413
Nando Vasconcellos III 411
Marcelo Godoy Shinkawa 408
Luiz Trombine 407
Salustiano 405
Eduardo Gustafson de Salles Fonseca (Poços) 402
Gilmar Baroni 402
Carlos Silva 399
Fernando Cesar Albinati Silva 399
Joaquim Rodrigues Reis 399
Edir Simões Junior (Poços) 396
Maurício G. Nogueira 396
Molina Ribeiro 396
Ronaldo José da Silveira 396
Jorge Alberto Villamarim Gama 395
Luizinho MV Nogueira 395
Renato Alves Ribeiro (amigo do Cipó) 392
Luciene Souza Vasconcelos 390
Angelita C. Gregório Hipólito 387
Maria Angélica Olivar (Poços) 387
Neilo Vitor Ramos (3 Pontas) 387
Douglas Robson de Miranda II 385
Ernesto Vazi Palmuti 384
Fernanda Mendes Junqueira 384
Suéllen de Souza Palmuti 381
Lupércio Marques 380
Matheus Martins Venga 378
Daniel Ribeiro (Poços) 375
Edgar Mollo Filho (Poços) 375
Luiz Dragão 374
Heitor Arantes Faria 372
Eric de Oliveira Brito 371
Jean Carlo Coimbra 360
Alexandre Azalini Bernardes 357
Luiz Antonio de Lima (Poços) 353
Corvo Edgar 348
Henrique Tipo Faria 342
Afonso Henrique Martins Silva 333
Luzia A. Valim Reis 324
Gustavo (Gráfica Opção) 318
Helder Augusto Ramos (Poços) 288

Atualizado 13/07 19h16
Atchim é uma revista de atualidades e relíquias, de cultura, esportes e entretenimento.



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