quinta-feira, 22 de novembro de 2007

30 dicas para escrever bem...

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc. 2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico. 3. Anule aliterações altamente abusivas. 4. não esqueça as maiúsculas no início das frases. 5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. 8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então 9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda. 10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações. 11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida. 12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias". 13. Frases incompletas podem causar 14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes. 15. Seja mais ou menos específico. 16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 17. A voz passiva deve ser evitada. 18. Utilize a pontuação corretamente principalmente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação 19. Quem precisa de perguntas retóricas? 20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas. 21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação. 22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-Ias-ei!" 23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. 24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!! 25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-Ia nos seus diversos componentes de forma a torná-Ias compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas. 26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza. 27. Seja incisivo e coerente, ou não. 28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante. 29. Outra barbaridade que tu deves evitar tchê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... entendeu bichinho? 30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. TEXTO DO PROF. JOÃO PEDRO, DA UNICAMP, roubado de www.siriloko.blogspot.com
quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Pensamentos: se a gente não cerceia, se despenteia.

Uma história sobre prudência, conhecimento e cerveja.

“O cara que deu nome pra ‘filosofia’

ou era um irônico ou não sabia de nada.

É impossível ser amigo dela!

Contra ela travamos severas batalhas”

A PRUDÊNCIA

A prudência é uma espécie de ‘camada de ozônio’ e filtra algumas de nossas animosidades. Ela foi criada por Adão e Eva, assim que eles foram ‘expulsos’ do Jardim (desde o início a dor é a melhor escola...). Antes de Eva comer o fruto da ‘árvore do conhecimento’ não existia prudência. Não existia a consciência do castigo. Por isso mesmo foi o livre arbítrio mais puro da história desse mundão.

A partir da existência da prudência o livre arbítrio passa a não ser ‘tão’ livre mais. Não sei se isso ameniza ou complica mais as coisas. Mas é assim.

A CERVEJA

Acontece que o álcool faz buracos na ‘camada de prudência’ da gente, que passa a não filtrar os pensamentos que a gente nem sabia que guardava na cachola. Primeiro porque ninguém pára pra definir e decorar suas idéias e ideologias de forma a ficar isento de incoerências e desdizeres. (Tá, talvez alguém faça isso, mas deve ser um chato de galocha e isso não vem ao caso.) Segundo porque o mundo é muito complicado mesmo.

O fato é que sem o filtro da prudência as pessoas se revelam. Os mais brucutus quebram tudo. Os mais chatos sobem na mesa, fazem discurso, aquela coisa toda. Tem gente que chora as mágoas. E você deve conhecer outros muitos tipos estranhos por aí.

Egoísmos, narcisismos, inseguranças, preconceitos e, principalmente, incoerências se revelam nesta hora.

O HORÁRIO COMERCIAL

Há quem possa dizer: “Então somos todos uns hipócritas? Escondemos o que realmente somos?” Mas eu digo que não. O hipócrita verdadeiro é aquele que maquia seus defeitos, escondendo lobos em pele de cordeiro. Essa prudência que carregamos em horário comercial é simplesmente o que torna viável o convívio em sociedade e evita uma quebradeira danada. Isso não é hipocrisia!

Digo mais: a prudência que aprendemos quando fomos expulsos do paraíso não esconde nem maquia nossos defeitos, mas os mortifica, lapidando nosso caráter. A prudência faz o preconceituoso aceitar o outro. O egoísta doar. O mesquinho dividir. O narcisista se achar meio feio e o feio ficar cheio de auto-estima. A prudência tem nos mantido vivos desde que roubamos a tal ‘árvore do conhecimento’.

O CONHECIMENTO

Como eu já desconfiava, o conhecimento NÃO move o mundo. Sem ele, o mundo continuaria girando. Fôssemos macacos, o mundo ainda seria mundo. E, fôssemos macacos, talvez seríamos mais felizes em nossa ignorância, pois a ignorância torna a felicidade mais acessível. Um exemplo disso (e é só um exemplo porque toda generalização é burra) é a facilidade de encontrar pessoas felizes numa roda de samba que não conhece partituras e nomes de acordes do que num congresso internacional sobre a influência barroca na música erudita da sociedade ocidental.

Eu sei: você entende bem o que eu quero dizer e sabe exemplos melhores que o meu.

Então: qual a ‘busca’ mais importante que temos na vida: a felicidade ou o conhecimento? Cada um que abasteça seu alforje e persiga o que quiser.

OS ULTRAVIOLETA

A grande merda é que não dá pra desmorder a maçã. Não tem volta. Não estou dizendo que o conhecimento seja ruim ou desnecessário. Ele só complica demais as coisas. Deus, que é pai, não queria que a gente comesse dessa fruta, mas não era porque estava com medo de que o abandonássemos. (O que de fato acontece: quanto mais conhecimento, mais longe ‘pensamos’ estar de Deus.). Deus, como pai, simplesmente nos queria evitar o sofrimento. Todo pai quer evitar o sofrimento do filho. Mas não pode impedir isso.

E como não tem volta, depois de mordida a fruta, Deus nos envia a continuar buscando esse conhecimento. Isso é penoso. Destrutivo. Auto-destrutivo até. Quase sempre. E o ‘filtro da prudência’ nos protege dos raios mais fortes, os ultravioleta da incoerência. E da desordem. O conhecimento, além de não mover o mundo, por si só o tornaria inviável. Impraticável. A prudência torna o mundo possível.

A RESSACA

Porque essa maçã é muito grandona. Imensa. Seu sabor verdadeiro é desconhecido. E a gente não conhece de verdade aquilo que não sabe o gosto. (Curiosamente a etimologia diz que sabor e saber são palavras irmãs.)

Isso dá uma agonia danada. Por isso que, de vez em quando, a gente precisa ‘pichar uns muros’. Furar a camada da prudência. De preferência fora do horário comercial. E a cerveja, por linhas tortas ou retas, ajuda um bocadinho nisso. Ajuda a revelar as incoerências e mesquinharias de nossa mente perdida. (Mas é recomendável não quebrar tudo ou subir na mesa para discursos.)

E a ressaca nos faz repensar essas incoerências e nos tornar pessoas melhores. Como se a mesa do boteco fosse um confessionário e a ressaca, a justa penitência. Não, longe daqui querer fundar uma nova religião. Só estou aproveitando para falar besteira enquanto a camada da prudência ainda não se restabeleceu.

ENFIM

Se isso virar hábito, escrevo um livro em uma semana. De qualidade duvidosa, eu sei. Mas grande.

sábado, 13 de outubro de 2007

Réquiem dos Pequenos, Versículo V

Promessa não cumprida. Mas, como não gosto de largar nada pela metade, segue abaixo o 5º e penúltimo versículo. O próximo será sobre Política. Hoje o tema é o Comércio na pequena Vila. Não se sabe onde começa o ciclo vicioso da depreciação. Despreza-se memória e arquitetura; desvaloriza-se o convívio social; os negócios se apequenam. Independente da identificação do início, o fim é sempre o mesmo: poucos e pobres negócios. E como são pequenos os negócios da Vila pequenina. Pequenos em realização, mínimos em ambição. São micros e incoerentes naquilo que deveria ser sua principal razão social: o trato com a freguesia - o relacionamento com clientes. Numa locadora de DVD's, aos novos clientes não é permitido o acesso aos lançamentos. N'outra novos clientes só são aceitos depois das 17 horas, quando o dono está lá para ver a "cara" do freguês. Numa loja de moda feminina vê-se um estranho cartaz: "Não abrimos crédito". Pois é, em tempos de crédito abundante, há quem se dê ao luxo de proibí-lo. Mas estes são só pequenos exemplos do mini-ambiente comercial da mínima vila. Mais aterrador é o trato dispensado aos forasteiros. Se empreendedores, são tratados como invasores - vikings não convidados. Aos poucos que entendem as pequenas regras e compram empatia, tudo. Àqueles atrevidos, tudo. Tudo de negativo: fofocas, boicote tácito, táticas de guerrilha suja. Vilões nativos dão de tudo para proteger seu pequeno mundinho. Mais estranho é o trato reservado para os fregueses forasteiros. Tio Zé Cunha desistiu de sair de seu pequeno paraíso e fazer compras na pequena Vila. Prefere, claro, o atendimento que merece em Monsenhor Paulo: "Lá me tratam bem". O péssimo tratamento percebido em diversos estabelecimentos tem uma mesma origem: funcionários insatisfeitos. Mal preparados e mal treinados. Parece que nunca incentivados. Claro, existem notáveis exceções. Exceções!?! Então, a regra é o atendimento frio e obrigatório? Infelizmente, sim. Ambientes assim ficam parados no tempo. A pequena Vila não tem um shopping. O comércio é monocromático e mono-temático. Não há concorrência, não há inovação. Ah, se não fossem alguns vikings, a pequena Vila ainda estaria nos anos 70. Entregando leite de porta em porta. A pequena Vila, como outras da região, tenta proibir feiras itinerantes. A pequena Vila, do pobre castelo de suas associações, tenta proteger com unhas e dentes a sua mediocridade. Doentia assim, talvez um dia decida que a Internet não é bem vinda. Não seria absurdo nenhum.
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Continua. Observação importante: as opiniões expressas nesta série de artigos não representa, de maneira alguma, uma opinião do Atchim ou de sua editora, a Opção Artes Gráficas. O conteúdo destes artigos é de responsabilidade única e exclusiva de seu autor, Paulo Vasconcellos.
terça-feira, 2 de outubro de 2007

Réquiem dos Pequenos (na terceirona)

Desvio não programado desta série. Será então o Versículo IV. A vila pequenina um dia sonhou grande. E construiu um estádio que, segundo tortas línguas, güentava 40 mil pessoas. Cerca de 70% da população divertidamente ativa da época da construção. Mantendo sua sina de escarrar no próprio prato, abandonou também a grande pequena arena. Ela quase desmanchou-se no abandono. Afundou? Não tanto quanto o principal desporto que deveria sediar. Ele sim, afundou. Desmanchou. Sucumbiu. Foi para o beleléu. Mas a pequena vila é altiva. E se acha inovadora. Inventou outro time. Esgotou seu potencial criativo e não conseguiu inventar novas cores. Mas o time é novo. É novo? Novo pequinês. Vira-lata mal disfarçado. Amontoado que, iludem os cronistas, teria chances de brigar por um lugar ao sol no pequeno campeonato estadual. Outro espelho distorcido dos pequenos vilões que adoram o auto-engano. Mas eis que um temporário-chefe, generalista-especialista, acha que entende do traçado das quatro linhas. Napoleônico, ordena a recuperação daquela abandonada arena vizinha da ex-zona. Estratégico, acha que seu esquadrão será imbatível na micro-arena da pequena vila. A pequena vila é imbatível em sua modéstia. É claro que seu exército boleiro teria que refletir seu pequeno perfil: e jogar como pequeno até contra os mínimos menores.
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No próximo domingo a pequena vila comemorará aniversário. 70% da população divertidamente ativa (hoje uns 40 mil) reclamará o feriado perdido. Como eu cansei da série, até lá enterro-a. Com mais 1 ou 2 versículos. A pequena cidade não merecia mais.
terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais uma rodada por minha conta!?

No domingo, após o empate de 1 a 1, chegamos a conclusão de que NUNCA assistimos a uma vitória do VEC. Quando ele ganha, é fora de casa. Segundo o zagueiro-artilheiro, é a "Síndrome do Melão". Pode? Pior que isso só o cai-cai do time adversário no segundo tempo. O Januário "cruel" de Oliveira ia adorar os muitos 'carretos' da manhã. Isso mesmo: manhã! É impossível um segundo tempo razoável num jogo que começa no solzão das onze horas. Já no brasileirão sem final, a melhor parte sempre fica no meio da tabela. Do nono lugar ao décimo-sétimo são 3 (!) pontos. Em cada rodada a gente vê uma dança das cadeiras entre quem vai pra Sul-Americana ou pra Segunda-Divisão. Pra melhorar, as duas maiores torcidas do país estão neste bolo.
terça-feira, 18 de setembro de 2007

Réquiem dos Pequenos, Versículo III

Versículo II. Na pequena vila que tem nome no diminutivo, os grandes narcisos não estudaram nada de arquitetura e urbanismo. Mas sabem tudo de umbigo. Morrem de amores pelos próprios umbigos. Erguem pequenas grandes e caras obras para homenagear seus umbigos. Se a beleza comum não tem valor, a feiúra muito pessoal vale o quanto pesa. Por isso dispensa regimes. Umbigo que se preza deve ser carregado por belas e estufadas panças. Sorte dos vilões azarados que os vilões narcisos desprezam coisas duradouras. Senão a vila ficaria infestada de estátuas de umbigos - e seus belos barrigões. Não. Plantem-se apenas coqueiros (de plástico). Estátuas custam muito. E, como disse outro falso poeta, "flores de plástico não morrem". Estátuas comprometem. Vai que aquele terreno ganha utilidade um dia. Vai que outra privada pública se faz necessária. Azar dos vilões azarados que os vilões narcisos adoram o efêmero, o breve, o (falso) barato. Adoram os meios, a média e a mídia - todos efêmeros, supérfluos e superficiais. Umbigos vilões entregam seu reverso para se revelar numa poluída coluna social. Ah.. as colunas sociais da pequena vila! São como um panfleto de missa, um santo de político, o papel higiênico nunca utilizado naquela privada pública. Cheios de nada. Ou cheios de tudo. Afinal, conteúdo está nos olhos de quem lê. Caricaturas do herói Narciso, os vilões que amam seus umbigos. Como o original, desprezam a bela Eco e sua lagoa. Mas são só caricaturas. Longevas mas, para sorte da pequena vila de nome diminuto, mortais. Temporários. Elegíveis. "Expulsáveis". Será? A pequena vila perdeu seu norte e sua matriz. Talvez tenha perdido também sua cabeça. Sobraram os umbigos. E, claro, as imensas panças. E segue a vida, empurrada com barrigões.
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Continua..

Coisas Nº 1

Parece mentira, mas não é não. E é emblemático. Uma casca de banana. Nada melhor para iniciar esta série educativa de fotografias sobre as coisas que as pessoas jogam no chão. Se tua mãe não te ensinou, a professora deixou passar e tua vó passou a mão na cabeça, não se preocupe. O Atchim te educa, meu filho!
segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Essa rodada por minha conta...

Coisa mais difícil foi achar o resultado de ontem do VEC - Varginha Esporte Clube (Êta nominho criativo!). Nenhum site da cidade (maisvarginha, varginhaonline, eptv.com ¹) ou mesmo o site do clube não trazia nada sobre o jogo até às 9 da manhã de hoje.
Encontrei somente no site da federação mineira de futebol. E a notícia foi triste: Perdemos de 4 a 0! Dialética: O time não vai pra frente porque não tem apoio ou não tem apoio porque não vai pra frente? Update 17/09 - 15:14 - Na verdade, o VEC venceu o jogo por 4 a 0, informação agora confirmada pela Rádio Melodia e conforme foi passado na Rádio Clube e o Jornal Regional, da EPTV. No site da Federação Mineira de Futebol ainda consta que o VEC perdeu de 4 a 0 para o Figueirense e deve ser daí que a TV Alterosa passou a mesma informação. Até agora o site oficial do clube ainda não traz nada! Escrevi um e-mail, mas ele voltou. Inválido. A dialética ali de cima agora muda: Sem apoio e estrutura o time promete, imagina se mudar isso? Contra o Internacional, perdemos o Ibson por 30 dias. Já os Bacalhau tiraram o Paulo Sérgio por 45 dias e o Renato Augusto por tempo indeterminado. E os autores das faltas que ocasionaram estas lesões não receberam sequer um cartão amarelo! Enquanto isso, condenaram o Souza por muito menos, tentaram punir o Joel por muito menos e agora vão julgar o Obina por muito menos. De todo jeito o Flamengo só apanha... Update 17/09 - 17:07 - E não cansam de querer bater no Mengo, que vem tendo uma campanha quase impecável dentro do Maracanã. Com medo, querem tirar o mando de campo. 1. O site da EPTV traz os resultados e notícias do Campeonato Brasileiro e não fala nada sobre o VEC. Quem quer saber sobre Campeonato Brasileiro não vai procurar na EPTV e quem quer saber sobre o VEC vai onde?
quinta-feira, 13 de setembro de 2007

MC d AA p CI Nº 8 - O Pobrema II - O dos otro

Já estudamos na lição número dois deste manual a melhor maneira de prosear sobre os problemas próprios. Depois, na lição número seis, estudamos sobre como falar mal dos outros, ou seja, como falar dos problemas dos outros pelas costas. Agora, não com menos saliência, veremos a delicada maneira de versar sobre os problemas dos outros com os próprios donos da lamúria.

Como sabemos, quem sabe faz e quem não sabe, ensina (e é justamente daí que vem minha autoridade para escrever este manual, mas isso não vem ao caso agora). Pessoas em geral, na CNTP, costumam ter soluções práticas e fáceis para todos os problemas do mundo. Na hora de oferecer alguns conselhos, cada um traz em si o dom de ser um expert em auto-ajuda, capaz de resumir em uma única frase a solução do problema alheio.

Parece fácil. Mas, como sempre, é preciso muito cuidado. Se diante da dificuldade vizinha, a principal coisa que tiver a dizer for “pense positivo”, guarde a pérola pra você. Uma pessoa envolta por problemas pode ter pequenos lapsos em sua boa educação e acabar mandando você pensar positivo em lugares bem distantes.

A maioria das boas maneiras de se ajudar uma pessoa com problemas – seja financeiro, de saúde, ou família – não pode ser feita com palavras. Caso você não possa interferir de forma a resolver ou amenizar o problema, evite interferir de outra forma. Eu sei, isso pode parecer meio duro. E é mesmo.

Mas a intenção de ajudar, ainda que com palavras ralas, não é de todo ruim. Pior mesmo é a aproximação dos problemas alheios por simples curiosidade. Pessoas que carregam este modo de sarcasmo costumam dizer coisas do tipo: “fica triste não, tem muita gente no mundo muito pior do que você”. Se você quiser mesmo parecer uma pessoa simpática, nunca diga nada semelhante a isso.

No mais das vezes, na hora de um colóquio informal sobre este tema, utilize mais os ouvidos do que a boca. E, se possível, os ombros. Mas só se possível e conveniente. Pra não gerar um novo problema com essas intimidades...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Notas Baixas Nº 1

Hipocrisia se aprende na escola Deu dias desses no Jornal Nacional que as pessoas com mais instrução acham que os políticos não devem politicar em causa própria enquanto a maioria dos analfabetos acha que devem, sim. Isso não quer dizer que os primeiros são mais éticos. Só sabem a resposta mais conveniente, né, não?

Melhor futebol do mundo Um título tem mais valor quando conquistado numa final. Hoje o Campeonato Brasileiro já está praticamente definido, mas se se classificassem os oito primeiros para uma fase eliminatória, todo mundo ainda tinha chance de ser campeão. O campeonato teria graça até o último jogo. Futebol europeu é um saco. Assiste um jogo pra ver. Por que, então, tínhamos que copiar a fórmula de campeonato sem graça deles? Mais justo? E o que uma partida de futebol tem a ver com justiça? O que torna o futebol o esporte mais interessante é justamente o fato de o time pior poder ganhar do melhor, o que não acontece em vôlei, basquete ou fórmula 1. Triste ver que o Campeonato Brasileiro, o melhor do mundo, agora se resume a uma fase preliminar da Libertadores da América. E pra quê? Quando o campeão brasileiro conseguiu ser o campeão da Libertadores do ano seguinte? Isso faz parecer que não vale nada ser campeão brasileiro. Mas vale. E de preferência numa final, num maracanã lotado.

Foi sem querer... E ia escrever aqui que o tiros no trem onde estavam os ministros não eram para eles. Que eram só os tiros normais de cada dia mesmo e que, por um acaso, eles passaram lá naquela hora. Demorei e a polícia do Rio já assumiu que o problema é esse mesmo.

Cachorrada Campanha de vacinação de animais foi um sucesso aqui em Varginha. Já a vacinação de crianças ficou longe de cumprir as metas...

E ainda insistem em dizer que o mundo acaba em aquecimento global...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

MC d AA p CI Nº 7 - A Especialidade

Tempo desses atrás, o pessoal andava meio maniado com esse negócio de especializações. Argumentando que esse mundão é muito cheio de variedade, resolveram simplificar e saíram com a máxima – ou seria mínima? – de que se o cidadão soubesse muito de um assunto só já estaria habilitado a sobreviver por aí. Foi a maior fabricação de gente bitolada e chata que se tem conhecimento na história da humanidade.

E como a vida é sempre carregada de efeitos colaterais, ainda hoje se encontram muitos desses perambulando pelas cidades em busca de um ouvido para suas repetições. Exemplares dessa espécie adoram comparações e conhecem tudo sobre marcas, raças, preços e técnicas de manejo. Têm uma capacidade grande em guardar datas, números e padronizações. Participam de simpósios, congressos e seminários formais sobre o tema. Freqüentam associações, clubes e outros grupos onde as conversas não são nada informais. Daí sua dificuldade.

Para minimizar esse sofrimento, este capítulo do Manual Cotidiano de Assuntos Amenos para Colóquios Informais vem trazer duas de suas dicas:

A primeira coisa a se levar muito em conta é que nem todo mundo, por mais amigo ou amiga que pareça, tem tempo, saco e interesse pra escutar a sua mesma ladainha toda vez que te encontra. Se você só sabe de um assunto, mantenha-se ao menos atualizado, para, na medida do possível, trazer uma novidade, pra variar a conversa um bocado.

Outra coisa – essa bem mais importante: mapeie bem seus interlocutores. Saiba diferenciar aqueles que sabem menos ou mais do que você dentro da sua especialidade, de forma a não levar a conversa mais longe do que deve. Porque deve ser por demais constrangedor ser pego dizendo falácias logo sobre a SUA especialidade.

Portanto, sendo você um especialista confesso, estude mesmo. Seja futebol ou pescaria, automóveis ou bijuteria, informática, passarinho, música ou televisão, se for pra falar sobre um assunto só, que fale direito. Esforçando-se ao máximo pra não ser muito chato. E, de preferência, bem longe de mim.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Réquiem dos Pequenos, Versículo II

Já disse o falso-poeta que "Narciso acha feio o que não é espelho". Na pequena vila que carrega o diminutivo no nome, os vilões-narcisos acham feio o que vêem no espelho. Acham belo o novo porque é novo. Velho é sinônimo de feiúra na diminuta vila. Mas suas ondas de renovação escondem segundas intenções. Um dia a entrada de sua igreja matriz apontou, como em todas as vilas, para sua origem. Origem promissora que dispensava o diminutivo. Mas alguém cismou de inverter a bússola da vila. E ela deu as costas para a origem, literalmente. A demolição da matriz, sacrilégio não imaginado nem por García Márquez, simbolizou a troca de norte. Símbolos... a pequena vila, sem querer, planta símbolos e ícones. Não se contentou com a matriz que subverte e nega suas origens. Troca praças e fontes históricas por falsos planos arquitetônicos. Troca enfeites refrescantes por vasos sanitários. Troca casarões por escondedores do sol. Troca luz por sombras. A pequena vila é um grande troca-troca. Só não trocou seu segundo templo, o cinema, por outra igreja porque alguém gritou. Gritos são raros na pequena vila. E, quando ocorrem, são castigados. Então o cinema ganhou ares de cemitério. Abandonado. Os símbolos da pequena vila, em conjunto, parecem homenagear a feiúra. As mínimas vilas vizinhas resolvem entrar no campeonato, com réplicas de maravilhas do mundo moderno, mosquitos, portais e outras construções verticais. A feiúra parece merecer lugar de destaque nos vilarejos. E os temporários parecem ter todas as verbas do mundo para erguer suas preces ao anti-narciso. Aquele falso-poeta, sem querer, acertou outros alvos:
"E foste um difícil começo Afasto o que não conheço E quem vem de outro sonho Feliz de cidade Aprende de pressa a chamar-te De realidade Porque és o avesso Do avesso, do avesso, do avesso..."
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Continua...
segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Cegueiras

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
É oficial. O Fernando Meirelles, um dos diretores de "Cidade de Deus", está realmente filmando o "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago. Salvo engano, é o primeiro Saramago a encarar a telona. Meirelles abriu um blog para documentar o projeto. Reparou o último link? Blindness... por razõe$ bem conhecida$, o filme será em inglês. Diretor brazuca, trampando com livro publicado originalmente em português... e o filme em inglês. Fico meio triste, mas isso não vai detonar minha vontade de ver a obra. Os atores escalados são muito bons: Gael García Bernal, Juliane Moore, Mark Ruffalo e Danny Glover (!) já estão confirmados. Tirando o Glover (quem não se lembra, é o parceiro do Mel Gibson em Máquina Mortífera), todos os outros são meio "especialistas" em filmes difíceis. Juliane fez "Magnólia". Gael é o favorito dos diretores latinos ("Diários de Motocicleta", "Amores Brutos", "Babel"...). Mark fez o filme pesadão da Meg Ryan ("In the Cut"?) e virou coadjuvante de luxo em blockbusters como "Colateral". Pesadão...
Foto surrupiada de Jim Skea.
"Ensaio sobre a Cegueira" é um dos livros mais "pesados" que já li. História forte, bem amarrada, que no estilo Saramago de escrever nos deixa sem ar. Talvez este seja o grande desafio do Meirelles, que já confessa no blog seu "frio na barriga". O livro tem um ritmo crescente e constante. Quem acha que é fácil esse tipo de transposição, basta ver a porcaria que fizeram com o "Código Da Vinci". Mas não tem nada a ver... o "Ensaio..." não tem ação. Não do tipo 'popular'. Mas é carregado de tensão. Imagina.. de repente, fica todo mundo cego. Você só precisa saber disso. Lógico, se fosse você eu trataria de ler logo o livro.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007

[pé na bola] Esse pessoal é tão bom de bola que virou caso de polícia

Não dá pra ler? Acompanhe os melhores momentos do BO: "Nesta data haviam várias pessoas promovendo gritarias e praticando futebol" "...a bola de futebol caiu no interior de sua propriedade em ato contínuo..." "Diante do exposto fizemos a apreensão da referida bola".... Na foto, a referida bola, que passou 2 semanas presa na delegacia de Elói Mendes, acusada de invasão de propriedade privada.
terça-feira, 28 de agosto de 2007

Réquiem dos Pequenos - Versículo I

Era uma vez uma pequena vila. Mínima, carregava o diminutivo até no nome. Mas os vilões não aceitavam seu destino minguado. Aspiravam grandezas, mesmo acorrentados em mesquinharias. Eternamente insatisfeitos, viviam demolindo seu passado. Cemitério, Matriz, Cinema, Zona, Praça. Tudo se renova na vila pequena, sempre com alguns metros quadrados adicionais. Sempre com um traço de modernidade. Mas que sina vive a vila. Sua vanguarda vira culto ao conservadorismo com a mesma velocidade que seus novos monumentos envelhecem. De tanto usar a borracha, o caderno já não retém nenhum traço. A vila apaga sua história, fingindo criar uma nova. Vilas mais velhas ensinam o apego ao passado. Aprenderam que degradação arquitetônica, comercial e social andam sempre de mãos dadas. Mas as pequenas vilas novas não aprenderam a aprender com os erros das outras. Insistem em repetir, com décadas de distância, os mesmos enganos. Não vêem como é fácil prever seu triste futuro: violência, decadência... e por aí vai. Mas a pequena vila em questão se sente imune. Dispensa vacinas e alertas. Dispensa situação e oposição, que preferem torrar seu precioso tempo em grandes questões mesquinhas, mínimas, diminutas como o nome que fingem representar. Triste sina vive a vila: maquiada esporadicamente por temporários de gosto duvidoso. Maquiada não, tatuada. Uma tatuagem que cirurgia nenhuma retira. A vila não chora, padece calada.
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Continua.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Essa gente que a gente vê por aí - Parte II

Na classificação que sugeri nesse post, a idéia era a seguinte:

O Instruído é todo aquele que recebe uma orientação e a repete, sem maiores complicações. Desde a alfabetização a operação máquinas, carros e celulares ou até mesmo a realização de petições e microcirurgias cardiovasculares. Basta uma oportunidade e uma motivação, seja financeira ou existencial. Da pré-escola ao mestrado não se fabrica pessoas cultas ou inteligentes. Dá-se instruções. O desenho que representa o intruído é o da gravatinha pra enfatizar que diploma não é sinônimo de cultura ou inteligência. É meio esquisito, mas raramente as pessoas só instruídas lêem manuais de instrução. Como são aprovadas em várias graduações? Dinheiro e trabalhos em grupo ajudam bastante.

Culta é aquela pessoa que, além de receber a instrução, busca um pouco mais. Inclusive lê manuais de instrução. Antigamente tinha a Barsa em casa, hoje usa o Google com muita freqüência. Do assunto que lhe interessa, sabe. E isso não é pouco, não! Tem uma curiosidade sadia. (Leia sobre a curiosidade ruim aqui.) O desenho que o representa é o da pessoa lendo justamente por isso. É capaz de dar uma boa aula, sem dúvida. Mas não necessariamente são pessoas realmente inteligentes.

Porque Inteligente é o instruído capaz de adaptar uma regra a situações diferentes ou o culto capaz de associar conhecimentos diferentes para descobrir uma coisa nova. Ou ainda, aquele que, independente de ter recebido alguma instrução formal, é capaz de fazer conclusões. Por isso o desenho que o representa é o de um caipira que, ainda que não tenha passado pela escola, consegue, através de observação e raciocínio, viver com sabedoria.

Claro que você sabe que uma classificação como essa enfatiza os extremos e pessoas de verdade estão em algum lugar entre os extremos. E o porquê dessa diferenciação você acompanha em um próximo post, em breve, neste mesmo local.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

MC d AA p CI Nº 6 - O Comentário

Este manual não é dirigido apenas aos sem-assuntos em geral, mas também a todos os muitos que falam demais. Porque, como dizem as leis de probabilidades e estatísticas, quanto mais se fala, maior a chance de falar uma besteira que não devia. É preciso zelo e cuidado. Principalmente quando se vai comentar a vida alheia. Digo comentar porque sei que você, leitor assíduo do cotidiano, não é de sair fazendo fofoca por aí. Ou é?

De qualquer forma, a regra número um seria não dizer nada sobre um pessoa quando ela está longe que você não poderia dizer se ela estivesse perto. Simples. Nada que você não soubesse, claro. Mas o mundo não há de ser um lugar muito quietinho se as pessoas obedecerem isso?

Pois é. Mas já que é inevitável, que pelo menos acrescentemos alguma coisa a esses colóquios menos nobres. Repito aqui os três (sempre três!) “filtros” ensinados pelo Sócrates. O filósofo, não o doutor, claro.

A primeira coisa a se saber é: seu comentário é verdade? Você garante mesmo que a novidade que tem a dizer é de boa fonte. Não corre o risco de ficar como mentiroso depois. Isso é feio, você sabe. Na dúvida, cala a boca e ouve.

Mas ainda que seja verdade, se pergunte: é bom o que você tem a dizer? Porque a gente deve espalhar notícia boa. Exaltar as pessoas que são porreta mesmo e deixar de lado as que deixam a desejar. É possível?

Eu sei que não. Gente boa anda meio em falta nesse mundo. Se Sócrates se preocupava com isso 500 anos antes de Cristo, imagina a bagunça hoje com internet, celular e televisão. E sua língua até coça com vontade de falar. É difícil. Mas pensa ainda uma última vez: pelo menos é útil esse diabo dessa coisa que você tem pra dizer?! O erro, o desajeito, a vergonha de outra pessoa vai servir de conselho ou consolo para alguém? Então pode dizer. Mas sem muita empolgação senão vira sarcasmo.

E é bom estar ciente de que tem um tipo de curiosidade que mata. Devagarinho, mas mata. E eu já sei que é bom eu mudar logo o rumo dessa prosa antes que você tenha razão em comentar qualquer de ruim sobre este manual.

Que se dane o José?!

A primeira parte da história recebeu 38 votos. Um sucesso. A segunda, disputadíssima conseguiu 72 votos! Beirando a fama. Mas agora, que se dane o José... tem um único votinho e, pior(!), esse votinho é meu... Caramba... É de encerrar a carreira... Vou dar a desculpa que ficou meio escondido e tal e dar uma outra chance pra ele... clica aqui, vai!
quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Essa gente que a gente vê por aí

Estava eu na faculdade, e uma das almas privilegiadas que por lá passaram um dia disse: “o problema é que o povo não sabe fazer diferenciação das coisa.”

Desde então, mais de cinco ano passados, venho procurado deferençar tudo. Normalmente separando de três em três que é pra não virar bagunça. Por exemplo, no que se trata das ‘sabedorias em geral’, as pessoas estão em um destes 3 grupos: instruídas, cultas ou inteligentes.

Qual das figurinhas abaixo se enquadra em cada grupo. Aguardo respostas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

MC d AA p CI Nº 5 - A Novela

Um dos temas mais fáceis para o assuntamento diário, sem dúvida nenhuma, é a novela. Se você é um sem-assunto crônico e não gosta de futebol, sua iniciação aos colóquios informais deve se dar através das novelas. Aliás, o que facilita ainda mais é que, se você é um sem-assunto crônico que não gosta de futebol, com certeza assiste novela e vai poder levar uma conversa adiante.

Não há quem não leve adiante uma conversa sobre novela. O que você precisa é classificar o seu interlocutor para adequar o discurso. Em relação a novelas, as pessoas normais se dividem em três grupos: as que assumem isso abertamente, as que não assumem e as que dizem preferir as novelas do SBT.

Com todas elas você pode conversar sobre a novela das oito. Sem problemas. Vão saber sobre tudo. O que pode acontecer é as pessoas do tipo dois, depois de falar sobre o capítulo anterior, criticarem o autor ou atores. Não contrarie. Se pertinente, critique também. Só pra deixar o assunto fluir.

Já com as pessoas que não têm problemas com novelas, sinta-se livre pra xingar os malvados e desejar-lhes todo mal no último capítulo. Mas não exagere em elogiar demais os bonzinhos. Pode pegar mal.

O cuidado maior deve ser com aqueles que preferem as novelas alternativas. A não ser que você também assista, dê um leve sorrisinho. Se disserem que as do SBT têm mais história, fique alerta. Caso insistam falando que as outras são muito previsíveis, desista da conversa porque desse mato não sai cachorro.

Há um outro detalhe um pouco mais técnico e que veremos mais detalhadamente quando falarmos sobre filmes, mas é bom já ir trabalhando: O in e out. O in é quando a conversa sai mais natural e você discute a história, os personagens, xinga, chora, se surpreende, mas sem exageros pra não virar bichice. O out é mais cult, se é que você understand. Já é aquele papo sobre atores, diretores, cenografia, continuísmo e essas coisas que se critica, fala mal, reclama. Mas sem choros.

É praticamente impossível você se dar bem nos dois lados. Enquadre-se. Mas sem exageros. Pra não prolongar demais a conversa. Senão você perde a hora da novela.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

[cotidiano] - Pergunte ao Leitor Nº 3 - O Cachorro

Quanto vale um corpo bonito numa mula-sem-cabeça? Quantas cajadadas são necessárias pra matar dois coelhos? Espingarda de dois canos mata bicho-de-sete-cabeças? E quem não tem nem gato, caça com o quê? Só sei que no escuro nenhuma goiaba tem bicho. Mais vale um pássaro voando...
Mas, enfim, por onde anda o cachorro louco?
segunda-feira, 6 de agosto de 2007

[passeio público] - por onde anda...

Quando começamos a preparar a terceira edição do Atchim, o Éverton foi parar lá em Tocantins. Sem falar tchau. Quando conseguimos encontrá-lo através de mensagens de fumaça, via e-mail, ele nos mandou o sinal de vida abaixo.
Eu não despedi porque aprendi, como os bons mineiros, que não se conta com o ovo dentro da galinha. Então esperei até ver se ia dar certo minha incursão internacional de Minas Gerais para depois poder dizer que tá tudo bem. Agora sim, Tudo Bem.
Aqui em Tocantins, particularmente na Assembléia Legislativa eu aprendi que os deputados falam que falam... e a gente escuta que escuta... e depois a gente escreve que escreve... e nem sabe direito se eles fazem que fazem... E não sei se é muito diferente em qualquer lugar do Brasil.
Aqui é um bom lugar. Tá certo que é um bom lugar longe, mas não deixa de ser um bom lugar. Quando está quente aqui a gente toma banho na água fria e quando está frio, também. Claro que tem dia que varia. A gente chega a perguntar se tem uma água mais gelada que a fria. Geralmente não.
Quanto a ficar rico, sei não... é preciso um monte de gente empobrecer pra um ficar rico... Eu só quero ter dinheiro o suficiente pra escolher entre um Uno e um Mercedes. Daí eu escolho o Uno e pago em 72 vezes como todo mundo, depois pago IPVA, Imposto de Renda e quem sabe, um dia o IPTU? Depois eu compro uma rede de balanço, uma câmera digital e um ventilador pra poder mandar pra minha mãe um vídeo em que eu esteja sossegado com os cabelos balançando ao vento pra ela não se preocupar comigo. Coisas simples. Coisas de Mãe e coisas de Filho...
Aqui nutrem uma grande estima por Minas Gerais. Dizem que os Goianos são filhos dos mineiros e, como os tocantinenses podem ser considerados os filhos de Goiás, pode-se dizer que Minas Gerais já é Avó.
No mais, estou bem. Nada demais, nada de menos. Abraços a todos. Minhas colaborações continuarão. E muita saúde a esse Atchim voluntário, que apesar do preconceito de quererem exterminá-lo como doença só pelo uso dos anos, é precisamente uma expressão de liberdade de pessoas normais que não concordam em nada e não tem problema nenhum em aceitar isso e viver bem.
Essa foi a colaboração desse mês. Que esse Atchim chegue até todos os meus amigos, aqueles dois ou três... E não esqueça de mandar um pra minha mãe, viu?
Abraços de Tocantins, via sedex para todos os leitores da nossa conversa de boteco mensal. Amém.

MC d AA p CI Nº 4 - A Bóia

Um dos principais temas sobre o qual a prática é bem mais saborosa do que a conversa, sem dúvida nenhuma, é a comida. Alimentar-se está longe de ser simplesmente uma necessidade, mas é uma diversão, um prazer e por que não dizer: a melhor hora do dia. E por ser tão bom é que vira assunto fácil em qualquer lugar.

Mas, como sempre também, o mundo moderno vem desvirtuando a prosa. Bons tempos aqueles em que as tias e avós se reuniam na cozinha fazendo as quitandas e doces e pães de queijo...êta, fome! Ficavam elas lá nas suas fofocas amenas e a única recomendação maior a seguir era não falar de boca cheia. Hoje as recomendações são muitas e por isso foi preciso tecer este manual.

Vamos começar pelas calorias. Se você quer mesmo assuntar simpaticamente por aí, esqueça de vez as calorias. Definitivamente, contar calorias não ajuda ninguém a emagrecer e conversar sobre calorias, pior, dá uma ansiedade tremenda e faz engordar. Mude o assunto. Fale sobre o sabor.

Se por acaso não entender nada sobre amargos e agridoces, experimente só criticar o exagero ou falta do sal ou do açúcar. Mas, a menos que seu interlocutor tenha um papel e caneta na mão, evite também dar receitas. Ninguém guarda de cabeça a tal da meia xícara de chá de sei lá o quê? Mas como é que faz chá de maisena?

Conte onde e com quem comeu nas suas férias em 1997 (eu disse com). Diga onde comprou aquele tempero maravilhouso ou o boteco que fez a pior picanha da sua vida. São informações úteis. Reparta.

Mas, por favor, mantenha os aspargos, alcaparras, manjericões e assemelhados longe de conversas informais. Dê preferência ao tutu com torresmo, à feijoada (ô, saudade!), ao churrasco duro no fundo do quintal e essas coisas que ajunta gente ao invés de separar.

E, por fim, essencial é o elogio. Não tenha vergonha nunca de dizer para quem fez que estava bom o que realmente estava. E se não tiver, mude de assunto. Comente o futebol, o frio ou aquela revista bacana que você recebeu, que tem uma gata na capa.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 3 - O Futebol

O terceiro assunto ameno para nossos colóquios cotidianos é o que traz mais desavenças quando mal conversado. Talvez um dos temas mais tratados em nosso país, o futebol tem a peculiaridade de ser uma conversa onde ninguém muda a opinião de ninguém. Porque existe argumento pra tudo nesse mundo, mas não existe argumento que faça um torcedor mudar de time. A não ser que seja um torcedor muito fajuto. E torcedor fajuto não conta.

O primeiro ponto que você precisa saber sobre conversas sobre futebol é o seguinte: seu time é o melhor do mundo. Sempre. Se perder jogando bem, perdeu com estilo e ganhar todas é meio chato. Se ganhar jogando mal, valem os três pontos, bola na rede e ponto final. Se ganhar com roubo do juiz, você não tem culpa, pode comemorar e, se perder roubado, mande o desgraçado do juiz para o quinto dos infernos ou qualquer lugar daquela redondeza.

Mas não se esqueça que tudo isso também vale pro torcedor do time adversário, o que dificulta, e muito, o andamento de qualquer conversa. Portanto, os diálogos sobre futebol devem versar em outros pontos, menos perigosos à saúde pública. Por exemplo, a importância tática do volante de contenção, assunto que rende pelo menos até o tira-gosto chegar na mesa.

Outra peculiaridade sobre o futebol é que sua prática pode ser tão boa e divertida quanto a conversa sobre o assunto, o que invariavelmente não acontece com outros assuntos, ora cá, ora lá. E uma das melhores coisas que pode existir nesse mundo é conversar sobre futebol depois de jogar futebol, de preferência contando sobre os gols e maravilhas que fez com a bola. Coisa que ninguém mais no jogo viu, mas que você lembra com riqueza de detalhes.

Mas isso não é pra todos, a gente bem sabe. É nessa que entra o mais importante sobre o futebol: a memória. Quem não ganha um campeonato brasileiro há 15 anos sabe bem do que eu estou falando. Memória é fundamental. Não precisa ser graduado em escalações de todos os times e todas as copas. Basta uma boa história pra lembrar. Um título, um gol. Isso contagia e faz com seus interlocutores lembrem também de outras histórias e, a partir daí, a conversa não tem mais hora pra acabar.

Para a hora de assistir o fubebol não é necessária a leitura deste manual para desenvolver uma boa conversa. Simplesmente acompanhe os lances e teça comentários relevantes. Na falta deles, limite-se ao “ulha”. Mas nunca diga um “ulha” sem a devida convicção.

Para os que não gostam de futebol, recomendo o crochê.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 2- Os pobrema

O número dois dos assuntos amenos não é tão ameno assim. No mais das vezes, bem poderia ser evitado em situações corriqueiras e informais. Final de contas, ouvidos alheios carregam já seus próprios problemas. Mas, diante de sua inevitabilidade cotidiana e cultural, pelo menos aprendamos alguns desconfiômetros básicos.

Como vimos na lição anterior, nossa privacidade não deve invadir o constrangimento de ninguém. Este é um ponto que vamos martelar durante todo o aprendizado. E pobremas de qualquer natureza são muito privatizados e nada, nada públicos.

Para simplificar, vamos dividir os problemas em três grupos:

  1. os pobrema de dinhero;
  2. os pobrema de saúde e
  3. os pobrema de família.

(Qualquer outro que não se enquadre nestes três deve ser mesmo grave e recomendo que procure outro manual. )

Os problemas de ordem financeira, antes de mais nada, devem ser conversados de maneira formal com o gerente do seu banco. Informalmente, não deve ser conversado em filas de banco, supermercado ou esquinas. É preciso momentos propícios. Em bares, só é liberado após a sétima cerveja. E não vale chorar.

Os problemas de saúde são assuntos informais liberados só para salas de espera de médicos, postos de saúde e afins, desde que não haja uma televisão ou revista com assunto mais interessante num raio de dois metros. Em bares, costumam virar assunto logo antes da primeira cerveja, ao precisar dizer “não posso”. Limite-se a isso.

Quanto aos problemas familiares, não devem sair da cozinha, na hora do almoço. No caso de uma visita, só deve ser tratado no dia seguinte. Desde que a visita não volte, claro. Casos mais graves devem procurar um terapeuta de família e os gravíssimos, um advogado de família. Como você deve ter percebido, sua utilização informal é praticamente impossível. Em bares, está liberado após a décima primeira cerveja, se por acaso, alguém agüentar um papo brabo desse após a décima primeira cerveja. Sozinho e bêbado é altamente desaconselhável falar sobre problemas de família. Mas num caso desse, que se dane este manual.

Há ainda a possibilidade destes três tipos de problemas se unirem em combinações das mais variadas. Nesta hipótese, você terá coisas muito mais sérias pra resolver do que ler este manual ou participar de colóquios amenos e informais.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Leis & Pizzas

Um monte de gente vai registrar a "coincidência". Eu ia passar batido não fosse minha agendinha: hoje é o Dia Mundial da Lei. Por uma infeliz coincidência, hoje também é o Dia da Pizza! Ah Brasil, como seríamos diferentes se LEI, para o alta escalão da sociedade, não fosse sinônimo de pizza.
sexta-feira, 6 de julho de 2007

MC d AA p CI Nº 1- O tempo

A situação é típica, quase banal, mas não menos carregada de complexidades. Você está ali com o fulano. Não é bem um amigo, talvez nem se lembre do nome dele ou dela. No máximo, é um conhecido seu, ou pior, conhecido de um amigo seu. Mas você tem que parecer educado. Não! Você é muito bem educado, mas tem medo de parecer que não é e então precisa puxar o assunto. Mas o quê? Claro. O tempo. Sempre ele. O ‘número um’ das conversas impessoais.

Mas o fato de ser o mais conversado não o torna simples. É preciso algum conhecimento prévio. Aliás, carrego minhas desconfianças de ser exatamente este o motivo de todo telejornal ter uma previsão do tempo: qualificar os nossos colóquios informais. Afinal, hoje em dia não basta apenas ficar no – perdoem o trocadilho – ‘chove não molha’ de dizer “está frio hoje”. A vida moderna pede mais.

Em um primeiro momento você pode levar a conversa para um lado mais técnico. Alguma previsão pro final de semana trará a atenção do seu interlocutor. Evite clichês como “faz calor dia de semana e chega sábado e chove”. Prefira algo mais decidido. Para isso é preciso um conhecimento básico de estações do ano e suas variações. Coisa que o pessoal mais novo vem perdendo a intimidade. É preciso estudar.

Coerência também é fundamental. Não dá pra ensaiar em casa um “acho que vai chover”, sem ao menos dar uma olhadinha na janela pra ver se coincide. Mas se você quiser realmente parecer simpático vai precisar de bem mais do que isso. Citar algo sobre a umidade relativa do ar seria tiro certo. Nem precisa de nada muito sofisticado. Basta um “esse ar seco é péssimo pra minha rinite” e a pessoa já vai saber que você leva a conversa a sério. Usar o pronome possessivo antes de uma doença traz ao diálogo um ar de proximidade quase inigualável. Mas este é um tema que abordaremos mais adiante em nosso manual.

Aliás, em colóquios sobre o tempo, falar da intimidade só é recomendado após sete ou oito frases. Antes disso pode parecer que sua privacidade está invadindo a pessoa. E não se invade qualquer pessoa em encontros informais por aí. Que isso fique claro.

Em suma, atentos ao céu e aos telejornais estaremos aptos para conversar sobre o tempo. Na dúvida, contenha-se em um “bom dia” e mantenha a boca fechada. Antes a pessoa pensar que você não é muito simpático do que ter certeza.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Coitadinha da Valentina

Ninguém por aqui joga impressos em via pública. A papelada que a gente compra vem de madeira de reflorestamento. Venho trabalhar a pé e o Gustavo vem de bicicleta só pra não emitir gás carbônico no mundo. Se procurar em casa deve achar o uniforme de escoteiro guardado lá. Digo isso pra deixar claro que não tenho nada contra meio ambiente e natureza e, inclusive, nunca gostei de passarinho em gaiola.

Mas essa mania de ecologia que tomou conta da televisão este ano vem desvirtuar isso tudo. O Pedantismo e chatice que tratam esses assuntos sérios, no máximo, vão fazer com que a Valentina cresça com uma vontade danada de jogar papel de bala na rua, pisar nas margaridas do jardim e dar uma descarga bem demorada na privada.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Por onde anda o Atchim Nº 3?

Maio já está vencido faz tempo e a gente ainda não tem notícias da 3ª edição impressa do Atchim. Será falta de notícias? Falta de tempo, dinheiro, criatividade? Ou acabou de vez? Foi-se sem grandes despedidas antes de ser o que deveria. Não pode. Pode? Porque não deu nem tempo para sentir saudade. Porque a gente só sente saudade do que chegou a conhecer. E quem conhece qualquer coisa nesse mundo grande? A vida é bem cheia de imprevisões mesmo. Você bem sabe. Aguardemos ansiosos.

O Céu... Pode Esperar.

O José Afonso era uma homem bom. Tão bom que até incomodava de vez em quando. As pessoas ficam meio desconfortáveis perto de quem faz as coisas muito certas. E o José Afonso era do tipo que dobra o pijama quando acorda. E guarda. Mesmo depois de quarenta e cinco anos de casados, a Dona Quitinha ainda não tinha se acostumado com isso.

Certa vez, quase chegaram a discutir por causa dele nunca ter se atrasado um diazinho sequer depois do serviço. Não discutiram porque o José Afonso não é do tipo que discute com a mulher.

A única coisa que tirava o homem do sério era o truco. Aí ninguém podia com ele. Tinha carta na manga até quando jogava sem camisa e blefava melhor que pão-duro pedindo orçamento. Não havia quem ganhasse do José Afonso no truco. Não importava o adversário nem o parceiro. Ele sempre ganhava.

O José Afonso pedia nota fiscal em padaria pra não dever nada nem pro governo, mas era o maior ladrão da cidade quando o negócio era baralho. Jamais apostou um centavo. Gostava era do prazer de ganhar.

Mas, como acontece com todo mundo que vive nesse mundo de nosso Deus, um dia o José Afonso bateu a botas. Dormiu e quando acordou já estava lá em cima, esperando na fila do São Pedro. Entrou sem nenhuma restrição. Era cedo ainda, e pôde tomar café com uns amigos velhos e pôr os assuntos em dia.

Passou o dia sendo apresentado aos chefes de departamento e conhecendo as regras da casa. Coisas como dormir cedo e não interferir nos assuntos lá de baixo, ainda que o Flamengo passeie pela zona de rebaixamento. Depois do almoço, já tinha escolhido qual era a melhor sombra pra esperar a Dona Quitinha chegar.

Lá pelas seis, quando o movimento na portaria ficou mais tranqüilo, o São Pedro veio puxar prosa e convidou o José Afonso pra uma partidinha de truco. Nem acreditou. E Pode? Ele estava mesmo no céu!

O São Pedro deixou ele dar as cartas. O José Afonso embaralhou pensativo e foi pro jogo. Não ganhou uma. Cadê coragem pro blefe ou uma cartinha na manga? Mas o São Pedro adorou a companhia e deixou reservadas as suas seis horas da tarde para o truco com o José Afonso por toooda a eternidade.

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Atualizado 13/07 19h16
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