sábado, 13 de outubro de 2007

Réquiem dos Pequenos, Versículo V

Promessa não cumprida. Mas, como não gosto de largar nada pela metade, segue abaixo o 5º e penúltimo versículo. O próximo será sobre Política. Hoje o tema é o Comércio na pequena Vila. Não se sabe onde começa o ciclo vicioso da depreciação. Despreza-se memória e arquitetura; desvaloriza-se o convívio social; os negócios se apequenam. Independente da identificação do início, o fim é sempre o mesmo: poucos e pobres negócios. E como são pequenos os negócios da Vila pequenina. Pequenos em realização, mínimos em ambição. São micros e incoerentes naquilo que deveria ser sua principal razão social: o trato com a freguesia - o relacionamento com clientes. Numa locadora de DVD's, aos novos clientes não é permitido o acesso aos lançamentos. N'outra novos clientes só são aceitos depois das 17 horas, quando o dono está lá para ver a "cara" do freguês. Numa loja de moda feminina vê-se um estranho cartaz: "Não abrimos crédito". Pois é, em tempos de crédito abundante, há quem se dê ao luxo de proibí-lo. Mas estes são só pequenos exemplos do mini-ambiente comercial da mínima vila. Mais aterrador é o trato dispensado aos forasteiros. Se empreendedores, são tratados como invasores - vikings não convidados. Aos poucos que entendem as pequenas regras e compram empatia, tudo. Àqueles atrevidos, tudo. Tudo de negativo: fofocas, boicote tácito, táticas de guerrilha suja. Vilões nativos dão de tudo para proteger seu pequeno mundinho. Mais estranho é o trato reservado para os fregueses forasteiros. Tio Zé Cunha desistiu de sair de seu pequeno paraíso e fazer compras na pequena Vila. Prefere, claro, o atendimento que merece em Monsenhor Paulo: "Lá me tratam bem". O péssimo tratamento percebido em diversos estabelecimentos tem uma mesma origem: funcionários insatisfeitos. Mal preparados e mal treinados. Parece que nunca incentivados. Claro, existem notáveis exceções. Exceções!?! Então, a regra é o atendimento frio e obrigatório? Infelizmente, sim. Ambientes assim ficam parados no tempo. A pequena Vila não tem um shopping. O comércio é monocromático e mono-temático. Não há concorrência, não há inovação. Ah, se não fossem alguns vikings, a pequena Vila ainda estaria nos anos 70. Entregando leite de porta em porta. A pequena Vila, como outras da região, tenta proibir feiras itinerantes. A pequena Vila, do pobre castelo de suas associações, tenta proteger com unhas e dentes a sua mediocridade. Doentia assim, talvez um dia decida que a Internet não é bem vinda. Não seria absurdo nenhum.
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Continua. Observação importante: as opiniões expressas nesta série de artigos não representa, de maneira alguma, uma opinião do Atchim ou de sua editora, a Opção Artes Gráficas. O conteúdo destes artigos é de responsabilidade única e exclusiva de seu autor, Paulo Vasconcellos.
terça-feira, 2 de outubro de 2007

Réquiem dos Pequenos (na terceirona)

Desvio não programado desta série. Será então o Versículo IV. A vila pequenina um dia sonhou grande. E construiu um estádio que, segundo tortas línguas, güentava 40 mil pessoas. Cerca de 70% da população divertidamente ativa da época da construção. Mantendo sua sina de escarrar no próprio prato, abandonou também a grande pequena arena. Ela quase desmanchou-se no abandono. Afundou? Não tanto quanto o principal desporto que deveria sediar. Ele sim, afundou. Desmanchou. Sucumbiu. Foi para o beleléu. Mas a pequena vila é altiva. E se acha inovadora. Inventou outro time. Esgotou seu potencial criativo e não conseguiu inventar novas cores. Mas o time é novo. É novo? Novo pequinês. Vira-lata mal disfarçado. Amontoado que, iludem os cronistas, teria chances de brigar por um lugar ao sol no pequeno campeonato estadual. Outro espelho distorcido dos pequenos vilões que adoram o auto-engano. Mas eis que um temporário-chefe, generalista-especialista, acha que entende do traçado das quatro linhas. Napoleônico, ordena a recuperação daquela abandonada arena vizinha da ex-zona. Estratégico, acha que seu esquadrão será imbatível na micro-arena da pequena vila. A pequena vila é imbatível em sua modéstia. É claro que seu exército boleiro teria que refletir seu pequeno perfil: e jogar como pequeno até contra os mínimos menores.
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No próximo domingo a pequena vila comemorará aniversário. 70% da população divertidamente ativa (hoje uns 40 mil) reclamará o feriado perdido. Como eu cansei da série, até lá enterro-a. Com mais 1 ou 2 versículos. A pequena cidade não merecia mais.

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Atualizado 13/07 19h16
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