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Ricardo Setti # 1
0/10/2010
às 14:40 \ Política & CiaA privatização continua sendo satanizada por Dilma, ante um Serra reticente. Mas veja suas vantagens
A privatização continua, na atual campanha eleitoral, sendo satanizada pela presidenciável Dilma Rousseff (PT), que “acusa” o adversário José Serra (PSDB), como se se tratasse de um crime, de haver sido “cúmplice” das privatizações — altamente benéficas para o país — realizadas nos governos dos presidentes Itamar Franco (1992-1995) e, sobretudo, Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).
Serra, por sua vez, embora tenha passado a admitir que as privatizações existiram e até a dar bons exemplos de seus bons resultados — como a radical, extraordinária melhora de que o país se beneficiou no campo da telefonia –, ainda foge do tema como o vampiro da luz.
É uma pena que o debate se trave em termos tão rasteiros, primários, quando o que os dois candidatos deveriam estar discutindo, para começo de conversa, qual deve ser o papel do estado no Brasil.
DISCUSSÃO AUSENTE DA CAMPANHA: PARA QUE DEVE SERVIR O ESTADO? — Deve o estado focar-se no que, desde o início do conceito de “estado nacional”, tem sido sua função — entre muitas outras funções, propiciar antes de mais nada segurança aos cidadãos (o direito à vida e à incolumidade física), garantir as liberdades públicas, aprovar e fazer cumprir as leis, arrecadar impostos e combater a sonegação, administrar justiça (Judiciário), promover e universalizar educação e saúde públicas de qualidadevia e fiscalizar, mediante agências reguladoras, áreas importantes de atividades como energia, telecomunicações, saúde, planos de saúde etc?
Ou, além de tudo isso, deve também produzir bens e serviços — coisa que nenhum estado avançado no mundo tem hoje como objetivo?
Essa discussão não está se travando onde deveria ser travada: nos debates Dilma x Serra.
Então, como parte do dever da imprensa, e neste modesto espaço, o blog vai começar a fazê-la para seus leitores.
Pretendo aprofundar o tema, com dados e cifras concretos, em futuros posts.
IMPULSIONOU O REINO UNIDO E A ESPANHA — Por hoje, defenderei a privatização com instrumento de transformação que levou progresso e modernidade onde quer que tenha sido bem aplicado, a começar pelo Reino Unido que, de potência em frangalhos, decadente e de economia obsoleta, em meados dos anos 70, foi novamente catapultado a ator central na cena econômica mundial, passando pela Espanha, país que estava à margem da história e, com a redemocratização, a partir de 1976/7/8, deu um exemplo ao mundo de transição de uma ditadura para uma democracia. Adicionalmente, a partir dos 14 anos de governo do socialista Felipe González (1982-1996), lançou mão da privatização para tornar-se uma economia próspera e dinâmica, quase um “tigre europeu” — até ser atingida pela crise financeira global de 2008, que já é uma outra história.
ALGUMAS VANTAGENS DA PRIVATIZAÇÃO — Por hoje, então, citarei algumas vantagens da demonizada privatização com a qual o governo:
1. Livra-se do peso representado por milhares de funcionários de cada estatal — salários, contribuição ao INSS e/ou ao fundo de pensão da empresa e todos os demais encargos trabalhistas.
2. Livra-se dos prejuízos que a maioria delas provocava, poupando o Tesouro Nacional. A Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), estatal federal situada em Cubatão (SP), causava em 1993, no período anterior à sua privatização, um prejuízo diário — repito, diário — de 1 milhão de dólares ao tesouro, além de estar sucateada e obsoleta.
Com sua privatização, e também da Companhia Siderúrgica Nacional e outras, o Brasil é hoje forte competidos no mercado mundial de siderurgia, empresas brasileiras adquiriram concorrentes no exterior, inclusive nos Estados Unidos, e as exportações do setor enriquecem a balança comercial brasileira e arrecadam fortunas para o Tesouro.
3. Livra-se da necessidade de investir constantemente em novas tecnologias, novos equipamentos e tudo o mais que envolve a manutenção da competitividade. Como a maioria das estatais não gera resultados suficientes para investir, lá vai novamente o Tesouro Nacional comparecer. Depois de privatizada, a ex-estatal Embraer, cujas necessidades de investimento o governo não tinha como ataender, é um dos quatro gigantes mundiais na fabricação de aviões e tem fábrica até na China.
4. Livra-se necessidade de, com frequência, investir simplesmente para manter o controle acionário da empresa a cada vez que ela necessita aumentar o capital.
5. Livra-se da influência política sobre a empresa: políticos sempre querem cargos gordos em estatais, e como regra regal não indicam os mais competentes, mas os que mais atenderão aos interesses do respectivo partido ou corrente política. Vejam o caos e a corrupção que grassa nos Correios, empresa até há poucos anos exemplar e altamente valorizada pelos brasileiros em pesquisas de opinião.
6. Vê a empresa, mais próspera, mais ágil, mais eficaz, criar mais empregos privados. Essa massa salarial vinda da iniciativa privata ajuda a aumentar o consumo, recolhe corretamente a contribuição para o INSS e contribui para fazer girar mais rapidamente a economia.
7. Passa a arrecadar, e muito, impostos — inclusive o imposto de renda — que as empresas atrasavam, sonegavam ou não propiciavam, quando davam prejuízo, sem todos os ônus que representa precisar gerir uma empresa que não é atividade-fim do estado.
Todos os recursos resultantes do que o governo deixa de investir e de perder produzindo bens e serviços por meio de suas empresas, somado ao que ele embolsa com a venda das empresas, serve para reduzir a dívida pública — objetivo primordial das privatizações em todos os países sérios — e o capacida a investir, agora sim, no que são os objetivos finais e verdadeiros da ação estatal: segurança, Justiça, saúde, educação e por aí vai.
Religião na Política
Campanha a Favor da Vida
Fernando.
FHC desafia Lula para uma conversa "cara a cara"
Ex-presidente diz que estava cansado de ficar calado, defende sua gestão e chama Lula de mesquinho

(Tiago Queiroz/AE)
Alheio a manifestações cabotinas e celebrações às conquistas de seu governo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mudou o tom de seus discursos habituais na noite desta quinta-feira. Em evento do PSDB realizado em São Paulo, FHC defendeu o legado de seus oito anos à frente da Presidência da República, criticou o atual governo e fez um convite para um debate: "Presidente Lula, quando acabar as eleições, quando você puser o pijama, será bem recebido. Venha ao meu instituto, vamos conversar, cara a cara."
Dizendo-se alvo de mentiras, FHC afirmou que o presidente Lula age como se possuísse o "monopólio da verdade". "Ele fez coisas boas que eu reconheço. Ele agiu bem na crise atual, financeira. Para que, meu Deus, ser tão mesquinho? É isso que quero perguntar a ele: ‘Lula, por que isso, rapaz?’".
Durante o discurso, que empolgou a militância, o ex-presidente tucano ainda defendeu a estabilização econômica trazida pelo Plano Real. "Quero ver o presidente Lula, que votou contra o Real, que fez o PT votar contra o Real, dizer que estabilizou o Brasil."
FHC ainda criticou a atuação da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, alertou para uma processo de politização da Petrobras e declarou apoio total à candidatura de José Serra à Presidência. “Não queremos um Brasil de preguiçosos. Não queremos um Brasil de amigos do rei. Não queremos um Brasil de companheiras Erenice.”
Dilma acredita em Deus?
Augusto Nunes, # 2
5/10/2010
às 18:30 \ Direto ao PontoLula acusa Sarney de comprar deputados, avisa que o Plano Real vai desabar e diz que o passado de Collor é tenebroso
Em 1996, no intervalo das duas derrotas no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso, Lula foi fazer um comício no programa de Serginho Groismann. Não vou perturbar o sossego dos leitores, felizes com a música do silêncio, com 9 minutos e 46 segundos de Lula. Bastam os cinco melhores momentos da discurseira:
1:06 O candidato crônico acusa o ex-presidente José Sarney e, claro, FHC de negociarem o apoio de deputados e senadores. O que andou fazendo nos últimos oito anos instalou os antecessores num monastério.
2:45 Lula afirma que o governo federal instalou no Congresso um balcão de negócios. Não avisou que, se virasse presidente, substituiria o balcão por um supermercado.
5:46 O palanqueiro diz que o presidente da República deve compensar cada viagem ao Exterior com uma temporada de igual duração em algum Estado brasileiro. Se a sugestão fosse transformada em lei, Lula teria de ficar mais alguns anos no Planalto para zerar a conta.
6:09 Lula diz que o Plano Real “está montado numa base falsa”, desanca a altitude da taxa de juros e exige a implantação de uma política tributária. O Real acaba de comemorar 16 anos de sucesso esbanjando saúde, os juros estão na estratosfera e a reforma tributária continua à espera de um minuto da preciosa atenção do presidente que abandonou o emprego.
7:45 Uma jovem da plateia pergunta o que tem a dizer sobre a briga de foice com Fernando Collor na campanha de 1989. Lula primeiro se gaba de ter antecipado o naufrágio do adversário. “O passado político de Collor era um passado político tenebroso”, recita. E então vem o fecho glorioso: “Peço a Deus que nunca mais o povo brasileiro esqueça essa lição”.
O resultado da eleição em Alagoas mostra que o povo não esqueceu. Quem esqueceu foi Lula, portador de cegueira seletiva e miopia conveniente. Passados 14 anos, ele e Collor descobriram que existem entre ambos muito mais semelhanças que diferenças. E viraram amigos de infância.
Kibe Loco #4
INCOMPETÊNCIA OU…?
Pesquisas erram feio e Serra vai para o segundo turno contra Dilma
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Em vez de “dois pontos para mais ou para menos”, a margem de erro das pesquisas deveria ser de “6 pontos para mais se for do governo”.
Prefeitura do RJ distribuindo material da Dilma
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