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F1 - por Augusto Nunes

26/07/2010
às 14:17 \ Direto ao PontoA reedição do espetáculo da desonra
Olhar de moleque pilhado com a mão enfiada na gaveta onde a avó guarda o dinheiro, um fiapo de voz combinando com o biotipo de jóquei, o piloto Felipe Massa admitiu que entregara a Fernando Alonso a vitória na corrida disputada neste domingo na Alemanha. Mas negou que a rendição sem luta ocorrera por ordem da Ferrari, interessada em ampliar a pontuação do parceiro espanhol no campeonato da F-1. É suficientemente corajoso para capitular por vontade própria.
“Tomei a decisão porque era o melhor para o time”, balbuciou. Decidiu coisa nenhuma, sabem os espectadores que testemunharam pela TV o espetáculo do cinismo e da desonra. “Essa situação é ridícula”, começou Alonso ao constatar que o brasileiro teimava em ser mais veloz. Ainda mais ridículo, além de obsceno, foi o ato seguinte. Com voz pausada, um engenheiro da Ferrari diz a Massa que o espanhol é mais rápido. Em seguida, pergunta se entendeu o recado. Entendeu, informa o pé que se afasta do acelerador.
Gostem ou não de corridas de F-1, entendam ou não as regras do que já foi um esporte, todos os brasileiros decentes têm o dever de sentir-se agredidos pela reedição do show de cafajestagem protagonizado por pilotos do País do Carnaval. Rubinho Barrichello fez isso em 2002, Nelsinho Piquet fez isso em 2008. Ontem, outro brasileiro mostrou ignorar que a alma de um campeão não está à venda.
Massa vendeu a sua por um punhado de dólares. Ainda que sejam milhões, será sempre um punhado. O terceiro em tão pouco tempo. Não pode ser coincidência. O interesse pela F-1 começou a agonizar por falta de talentos. Vai acabar de vez por falta de vergonha
Falso Polvo
Polvo corintiano.
A Espanha e o Espanhol Chacon
Parabéns Chacon! Para quem só cravou dois placares na mosca, a performance foi surpreendente. E mostra que a regularidade (média de 9 pontos por partida) é mais importante que o chute certo. Aliás, tem a ver com o jogo da Espanha, né?
Parabéns também para o José Ribeiro Guimarães, que pegou o segundo lugar, e para o Daniel Ribeiro (de Poços), terceiro colocado. Faremos contato amanhã (segunda), para combinar a entrega dos prêmios.
E muito obrigado para todos que participaram. Espero que tenham gostado da brincadeira. Esperamos repeti-la em breve. Quem sabe, já no Brasileirão. Não deixem de seguir nossos espirros.
Inté!
Nando Vasconcellos
Reta Final
Rodrigo "Ferrugem" Ferreira
- Argentina
- Inglaterra
- Portugal
- Holanda
- Brasil
- Itália
- Espanha
- Argentina
- Alemanha
- Inglaterra
- Espanha
- Brasil
- Argentina
- Holanda
- Espanha
- México
- Brasil
- Holanda
- Portugal
- México
- Espanha
- Argentina
- Holanda
- Inglaterra
- Brasil
- Espanha
- Holanda
- EUA
Palavras de um perna-de-pau...

O que faz o futebol parar o mundo é, sem dúvida, o fato de que nem sempre o melhor vence. E não há coisa melhor para o esporte do que um favorito perder o jogo. Claro que a Espanha não era tão inferior assim à Alemanha, mas o que ouvimos por aí é que a Alemanha era o melhor time.
Está recente também na memória a vitória da Inter de Milão, que parou o todo poderoso Barcelona. Podem dizer: “Ah, jogou feio, recuado, dando chutão.” Mas isso só aumenta o mérito da vitória, uai.
Se um time não tem os mesmos recursos técnicos do que o outro é obrigado a perder o jogo, em nome do espetáculo? Ah, então vai jogar vôlei ou disputar na ginástica artística, pô...xa! O bacana do futebol é justamente isso: o pior tecnicamente arrumar uma maneira de derrubar o grandão!
Então viva o futebol feio, Gustavo?
De maneira nenhuma! A discussão aqui não é essa. Vale é a bola entrar na rede. Sempre. Vale (desculpe a palavra autoajudiana, mas não encontrei outra) a superação. E esporte nenhum desses por aí nos traz isso como o futebol.
Independente disso, estava mais do que na hora de ter um campeão do mundo diferente. Um novato. Acho que a Espanha merece seu lugarzinho ao sol, mas vou torcer pela Holanda na final.
E vc?
Gustavo Nogueira
A Pílula do Dia Seguinte
E que lavada: 4x0!! Depois do 4x1 na Inglaterra. Se ainda pairava alguma dúvida sobre a incrível força do time do Joachim Löw, hoje elas caíram por terra. Ou melhor, na grama. Na grama que fica ali no gol defendido pelo desesperado Romero.
Encerrei a projeção escrita ontem dizendo "que seja o que os deuses da bola quiserem". Eles preferiram, por unaminidade, o equilíbrio entre aplicação tática, compromentimento e talento. O time do Maradona, do meio para trás, é tão esburacado quanto um queijo suíço. Do meio para a frente era talentoso mas inexperiente, desentrosado.
A Alemanha, por outro lado, beira um tipo de perfeição que há tempos não víamos em uma Copa do Mundo. Perfeição no equilíbrio entre defesa, meio e ataque. Perfeição tática e excelência técnica. Se não ganhar a Copa será chamada de Seleção Sensação, ou de "Campeã Moral". Merece.
E os sulamericanos, um depois d'outro, mostram porque seguirão por quatro anos como subdesenvolvidos e fornecedores de pés de obra. A exceção, o Uruguai, não deve ter a menor chance contra a Holanda. E Espanha e Alemanha repetirão a final da última Euro. Alemanha entra favoritíssima. Mas a Espanha, que ainda tem que passar pelo Paraguai, tem seus truques. Que semifinais teremos!
Nando Vasconcellos
Argentina X Alemanha
Maradona ganhou uma Copa dos alemães, em 86. Perdeu outra, em 90. Na história mais recente, a Alemanha eliminou a Argentina exatamente na mesma fase da última Copa. Nos pênaltis. Maradona defende uma tese agora: que a liberdade e o talento valem mais que a aplicação tática. A Argentina é um conjunto talentoso que improvisa. Uma banda de jazz.
A Alemanha, por outro lado, só funciona como orquestra. Mais que seus talentos individuais, o que vale é o conjunto. É a exata antítese da Argentina. Por isso o confronto de amanhã tem mais chances de fazer história. É, em certo grau, mais importante para o Universo do Futebol do que foi Brasil X Holanda.
E o resultado é totalmente imprevisível. Sim, não consigo esconder minha simpatia pelo time porteño. Mas devo admitir que a Alemanha prova, pela primeira vez em sua história, que é capaz de conciliar aplicação tática, comprometimento (ai, Dunga) e um certo talento. Com cintura presa, mas é talento.
Que seja o que os deuses da bola quiserem. Inté!
Nando Vasconcellos
Time de Quarta
Afinal, não pode um time que abre mão do talento, sem opções no elenco e totalmente desequilibrado pretender coisa maior. Se culparam a zona de 2006 pela desclassificação nas mesmas quartas de final, agora devem culpar a cabeça dura do Dunga. Dele e de todos que o cercaram e apoiaram, direta ou indiretamente: Jorginho e sua igrejinha patriota; A Ambev (Brahma) e a ridícula campanha "Sou Guerreiro"; E o Galvão, que deu dó hoje, com seu sofrimento e aquele fio de voz rouca.
Cheguei a dar risadas de quanto meus parpites estavam furados ao término do primeiro tempo. Futebol é assim mesmo. E tem dois tempos. E o Felipe Melo, que deu um passe maravilhoso para o gol de Robinho, fez um contra e foi expulso. Felipe Melo é para o Dunga o que o Messi é para Maradona. Sejamos justos: Felipe Melo é um Dunga bem piorado.
Sneijder, que fez um primeiro tempo apagado, participou diretamente dos dois gols. Antes a Holanda mostrou tudo o que não havia demonstrado na Copa. Não sei se por nervosismo ou pela perda do zagueiro titular, Mathijsen, na hora do aquecimento. O fato é que o time estava perdidaço e podia ter levado mais uns 2 gols do Brasil. Não levou e aí veio o segundo tempo. Vou poupá-los dos detalhes.
Só vou registrar um momento da coletiva do Dunga, logo após a eliminação: falando de tudo (!) o que conquistou em quase 4 anos de seleção e do semblante dos jogadores no vestiário, coisa que, por incrível que pareça, é motivo de orgulho para ele.
Que fique registrado: ganhar Copa das Confederações e Eliminatórias não vale nada! Nadica de nada se na Copa Que Vale saímos nas quartas de final.
Atenção futuro treinador da Canarinho: não participaremos de eliminatórias para a próxima Copa, ok? Inté!
Nando Vasconcellos
Uruguai X Gana
Gana terá a torcida e as vuvuzelas ao seu favor. O último dos africanos deposita principalmente em Gyan suas esperanças de gol. E surpreende pela forte aplicação tática, mérito do técnico sérvio Milovan Rajevac.
O Uruguai conseguiu que a FIFA trocasse o juiz do jogo. O inglês Howard Webb foi substituído por Benquerença (!), de Portugal. O motivo? Medo de que o inglês quisesse se vingar daquele errinho cometido por Larrionda (uruguaio) no jogo da Inglaterra contra a Alemanha. Aquele golzinho do Lampard rendeu. Só falta o Benquerença inventar uma bela piada de português amanhã. Aliás, o jogo acontece às 15h30. Para todos que sobreviverem ao duelo anterior. Inté!
Nando Vasconcellos
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