[pé na bola] Esse pessoal é tão bom de bola que virou caso de polícia
Réquiem dos Pequenos - Versículo I
Enquete encerrada. Dramático empate...
Homem
Verde abunda a grama do vizinho
A Verde Grama que do Vizinho Abunda
Essa gente que a gente vê por aí - Parte II
Culta é aquela pessoa que, além de receber a instrução, busca um pouco mais. Inclusive lê manuais de instrução. Antigamente tinha a Barsa em casa, hoje usa o Google com muita freqüência. Do assunto que lhe interessa, sabe. E isso não é pouco, não! Tem uma curiosidade sadia. (Leia sobre a curiosidade ruim aqui.) O desenho que o representa é o da pessoa lendo justamente por isso. É capaz de dar uma boa aula, sem dúvida. Mas não necessariamente são pessoas realmente inteligentes.
Porque Inteligente é o instruído capaz de adaptar uma regra a situações diferentes ou o culto capaz de associar conhecimentos diferentes para descobrir uma coisa nova. Ou ainda, aquele que, independente de ter recebido alguma instrução formal, é capaz de fazer conclusões. Por isso o desenho que o representa é o de um caipira que, ainda que não tenha passado pela escola, consegue, através de observação e raciocínio, viver com sabedoria.
Claro que você sabe que uma classificação como essa enfatiza os extremos e pessoas de verdade estão em algum lugar entre os extremos. E o porquê dessa diferenciação você acompanha em um próximo post, em breve, neste mesmo local.
MC d AA p CI Nº 6 - O Comentário
Este manual não é dirigido apenas aos sem-assuntos em geral, mas também a todos os muitos que falam demais. Porque, como dizem as leis de probabilidades e estatísticas, quanto mais se fala, maior a chance de falar uma besteira que não devia. É preciso zelo e cuidado. Principalmente quando se vai comentar a vida alheia. Digo comentar porque sei que você, leitor assíduo do cotidiano, não é de sair fazendo fofoca por aí. Ou é?
De qualquer forma, a regra número um seria não dizer nada sobre um pessoa quando ela está longe que você não poderia dizer se ela estivesse perto. Simples. Nada que você não soubesse, claro. Mas o mundo não há de ser um lugar muito quietinho se as pessoas obedecerem isso?
Pois é. Mas já que é inevitável, que pelo menos acrescentemos alguma coisa a esses colóquios menos nobres. Repito aqui os três (sempre três!) “filtros” ensinados pelo Sócrates. O filósofo, não o doutor, claro.
A primeira coisa a se saber é: seu comentário é verdade? Você garante mesmo que a novidade que tem a dizer é de boa fonte. Não corre o risco de ficar como mentiroso depois. Isso é feio, você sabe. Na dúvida, cala a boca e ouve.
Mas ainda que seja verdade, se pergunte: é bom o que você tem a dizer? Porque a gente deve espalhar notícia boa. Exaltar as pessoas que são porreta mesmo e deixar de lado as que deixam a desejar. É possível?
Eu sei que não. Gente boa anda meio em falta nesse mundo. Se Sócrates se preocupava com isso 500 anos antes de Cristo, imagina a bagunça hoje com internet, celular e televisão. E sua língua até coça com vontade de falar. É difícil. Mas pensa ainda uma última vez: pelo menos é útil esse diabo dessa coisa que você tem pra dizer?! O erro, o desajeito, a vergonha de outra pessoa vai servir de conselho ou consolo para alguém? Então pode dizer. Mas sem muita empolgação senão vira sarcasmo.
El Kabong
Agora me lembro. Eu estava pensando nele antes de cair da bicicleta: El Kabong. Pior que é verdade.
Que se dane o José?!
Essa gente que a gente vê por aí
Desde então, mais de cinco ano passados, venho procurado deferençar tudo. Normalmente separando de três em três que é pra não virar bagunça. Por exemplo, no que se trata das ‘sabedorias em geral’, as pessoas estão em um destes 3 grupos: instruídas, cultas ou inteligentes.
Qual das figurinhas abaixo se enquadra em cada grupo. Aguardo respostas.
MC d AA p CI Nº 5 - A Novela
Um dos temas mais fáceis para o assuntamento diário, sem dúvida nenhuma, é a novela. Se você é um sem-assunto crônico e não gosta de futebol, sua iniciação aos colóquios informais deve se dar através das novelas. Aliás, o que facilita ainda mais é que, se você é um sem-assunto crônico que não gosta de futebol, com certeza assiste novela e vai poder levar uma conversa adiante.
Não há quem não leve adiante uma conversa sobre novela. O que você precisa é classificar o seu interlocutor para adequar o discurso. Em relação a novelas, as pessoas normais se dividem em três grupos: as que assumem isso abertamente, as que não assumem e as que dizem preferir as novelas do SBT.
Com todas elas você pode conversar sobre a novela das oito. Sem problemas. Vão saber sobre tudo. O que pode acontecer é as pessoas do tipo dois, depois de falar sobre o capítulo anterior, criticarem o autor ou atores. Não contrarie. Se pertinente, critique também. Só pra deixar o assunto fluir.
Já com as pessoas que não têm problemas com novelas, sinta-se livre pra xingar os malvados e desejar-lhes todo mal no último capítulo. Mas não exagere em elogiar demais os bonzinhos. Pode pegar mal.
O cuidado maior deve ser com aqueles que preferem as novelas alternativas. A não ser que você também assista, dê um leve sorrisinho. Se disserem que as do SBT têm mais história, fique alerta. Caso insistam falando que as outras são muito previsíveis, desista da conversa porque desse mato não sai cachorro.
Há um outro detalhe um pouco mais técnico e que veremos mais detalhadamente quando falarmos sobre filmes, mas é bom já ir trabalhando: O in e out. O in é quando a conversa sai mais natural e você discute a história, os personagens, xinga, chora, se surpreende, mas sem exageros pra não virar bichice. O out é mais cult, se é que você understand. Já é aquele papo sobre atores, diretores, cenografia, continuísmo e essas coisas que se critica, fala mal, reclama. Mas sem choros.
É praticamente impossível você se dar bem nos dois lados. Enquadre-se. Mas sem exageros. Pra não prolongar demais a conversa. Senão você perde a hora da novela.
Recapitulado. . .
[cotidiano] - Pergunte ao Leitor Nº 3 - O Cachorro
[passeio público] - por onde anda...
[pé na bola] Zico
Essa semana eu não me habilito a comentar a rodada do brasileirão. O Flamengo passou o jogo inteiro sem dar um chute a gol direito! Então, a gente mata a saudade com este vídeo, enviado pelo Anderson, o cruzeirense mais flamenguista que já vi...
[atchim nº 3] Nas ruas
MC d AA p CI Nº 4 - A Bóia
Um dos principais temas sobre o qual a prática é bem mais saborosa do que a conversa, sem dúvida nenhuma, é a comida. Alimentar-se está longe de ser simplesmente uma necessidade, mas é uma diversão, um prazer e por que não dizer: a melhor hora do dia. E por ser tão bom é que vira assunto fácil em qualquer lugar.
Mas, como sempre também, o mundo moderno vem desvirtuando a prosa. Bons tempos aqueles em que as tias e avós se reuniam na cozinha fazendo as quitandas e doces e pães de queijo...êta, fome! Ficavam elas lá nas suas fofocas amenas e a única recomendação maior a seguir era não falar de boca cheia. Hoje as recomendações são muitas e por isso foi preciso tecer este manual.
Vamos começar pelas calorias. Se você quer mesmo assuntar simpaticamente por aí, esqueça de vez as calorias. Definitivamente, contar calorias não ajuda ninguém a emagrecer e conversar sobre calorias, pior, dá uma ansiedade tremenda e faz engordar. Mude o assunto. Fale sobre o sabor.
Se por acaso não entender nada sobre amargos e agridoces, experimente só criticar o exagero ou falta do sal ou do açúcar. Mas, a menos que seu interlocutor tenha um papel e caneta na mão, evite também dar receitas. Ninguém guarda de cabeça a tal da meia xícara de chá de sei lá o quê? Mas como é que faz chá de maisena?
Conte onde e com quem comeu nas suas férias em 1997 (eu disse com). Diga onde comprou aquele tempero maravilhouso ou o boteco que fez a pior picanha da sua vida. São informações úteis. Reparta.
Mas, por favor, mantenha os aspargos, alcaparras, manjericões e assemelhados longe de conversas informais. Dê preferência ao tutu com torresmo, à feijoada (ô, saudade!), ao churrasco duro no fundo do quintal e essas coisas que ajunta gente ao invés de separar.
E, por fim, essencial é o elogio. Não tenha vergonha nunca de dizer para quem fez que estava bom o que realmente estava. E se não tiver, mude de assunto. Comente o futebol, o frio ou aquela revista bacana que você recebeu, que tem uma gata na capa.
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